quarta-feira, 28 de março de 2012

Entrevista a Camões


Sintonizem a rádio Intemporal, pois o Tomás convidou Luís de Camões para uma entrevista.
Entrevista a Luís Vaz de Camões

Olá, caros ouvintes. Hoje, a vossa rádio Intemporal, tem o prazer e a honra de entrevistar o maior poeta Português, alguma vez conhecido, Luís Vaz de Camões, fazendo perguntas, às quais o nosso poeta pretende responder com toda a sinceridade.
Ora, vamos lá começar!

Locutor
- Bom dia. Desde já gostaríamos de agradecer a sua presença aqui na rádio Intemporal, senhor Luís.

Luís C.- Meu caro Lusitano, a honra e o prazer de aqui estar são todos meus. Queria apenas dedicar um pequeno poema, ou melhor, uma quadra, aqui à rádio Intemporal.

Por fortes marés passei
Grandes perigos ultrapassei
Mas por fim meu caro Luso
À rádio Intemporal cheguei.

Locutor
-Obrigado, senhor Luís. Adoramos a sua quadra. Ora bem, vamos às perguntas: Senhor
Luís, a sua data de nascimento ainda é um mistério, poderia esclarecer-nos, por favor?

Luís C. - Meu caro Luso,
Meu nome é Luís Vaz de Camões
Por volta de 1531 vim ao mundo
Para a poesia aprofundar a fundo
Em Lisboa provavelmente nasci
Contudo nada podendo fazer para o afirmar
Pois meus pais nada me deixaram para o provar.

Locutor - Senhor Luís, já que mencionou os seus pais, poderia referir os seus nomes?

Luís C. - Meu pai homem forte
Pelo nome de Simão Vaz de Camões o aclamavam
Minha mãe, mulher amada
Pelo nome de Ana de Sá a chamavam.

Locutor - Senhor Luís, pode contar-nos como perdeu o seu olho?

Luís C. - Meu caro amigo,
Fidalgo da pequena nobreza sou
Pelo qual na corte terei entrado
Por volta de 1549 e 1551
Numa expedição a África terei entrado
Na qual, durante um acidente de guerra
Meu olho direito, a Deus terei doado.

Locutor - Senhor Luís, há rumores de que na prisão terá ganho a inspiração para escrever a sua grande obra Os Lusíadas. Poderá dizer como o fez e como foi parar à prisão?

Luís C. - Meu caro companheiro,
Devido à minha boémia vida
Com Gonçalo Borges me envolvi
Tendo como reprimenda de tal ato
A prisão ter encontrado
Em minha obra me inspirei
A qual eu publiquei


Locutor - Caro senhor Luís, não podíamos deixar de reparar na sua grandiosa obra, mas no seu tempo não teve o devido valor. Como lidou com isso?

Luís C. - Meu ilustre homem,
Após a publicação da minha grande obra
Miseravelmente terei vivido
Perdi-me na vida, fiquei sem sentido
Em meus últimos anos de vida
Traído me terei sentido
Deixando aos Lusos, meu legado.

Locutor - Senhor Luís, agradecemos muito a sua presença aqui na rádio Intemporal.

Luís C.- Meu caro cavaleiro
Regressarei de imediato ao meu tempo
Como o céu desaparecerei
Ainda deixando muito por fazer
Esperando, como luz na escuridão meu nome prevalecer

Locutor - Caros ouvintes, é tudo por hoje. Terminarei apenas esta entrevista, aclamando a inscrição na sepultura de nosso grande Luís Vaz de Camões, mandada inscrever por um amigo de Camões, D. Gonçalo Coutinho.
“Aqui jaz Luís Vaz de Camões, príncipe dos poetas do seu tempo. Viveu pobre e miseravelmente e assim morreu”

Locutor
- E é assim com esta pequena mas ilustre inscrição que me despeço de vocês, agradecendo a Luís Vaz de Camões o mais ilustre poeta Português pela sua grande epopeia Os Lusíadas deixando em suspenso um muito obrigado.

Tomás Domingues

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